A
temida solidão decidiu incidir hoje na minha pessoa. A nefasta era infida
enraizou-se, bem como a inspiração que tem insistido em conservar a distância.
Proclamo entre suspiros, um tanto repressivos, as palavras que vão surgindo
interligadas com este tema. Subsistirá este sentimento apenas nos esquecidos
renegados que nada têm, ou até os beneficiados se sentirão sós?
Autodenominar-se-ão de solitários todos os enamorados que por questões de
robustez se encontram longe de quem lhes esquenta o coração? Decerto, não serei
a exclusiva, em que prevalece o sentimento de sentir-me inteiramente isolada
mesmo estando no meio de uma massa imensa. Mas dissequemos o assunto de duas
práticas distintas, também a solidão é positiva. É na perniciosa solidão que o
solitário concebe as mais díspares concepções e as leva além de uma
contestação, fossa ela assertória ou negativa; é ainda nas ondas da mesma que a
melancolia, bem como a nostalgia despontam. O solitário é arrojado, e por isso,
não é a solidão alheia que o atemoriza, mas sim a trepidez de o «verdadeiro eu»
o abandonar.
1 comentário:
um texto muito lindo e sentido , continua..
PS : este é o meu novo blog , http://youleave-me-breathless.blogspot.pt/ segue e dá a opinião , sigo de volta *
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